Realizado por alunos do 10º9 em 2009 para a disciplina de História A
terça-feira, 23 de junho de 2009
EXPOSIÇÃO “VASCO DA GAMA E O CAMINHO MARÍTIMO PARA A INDIA”
De 3 a 5 de Junho do ano lectivo de 2008-2009 a Profª. Manuela Pinto organizou a exposição
“VASCO
DA GAMA E O CAMINHO MARÍTIMO PARA A INDIA”, tendo contado com a colaboração dos Professores Ana Moura e Nelson Castro assim como com a colaboração de diversos alunos do 10º 8, 10º 9 e 1P3 e alunos do 10º 10 da Historia da Cultura e das Artes. A exposição decorreu no Salão Nobre da Escola Secundária Sá de Miranda. No decurso da exposição foi também apresentada uma pequena mostra de gastronomia da Índia. A exposição foi visitada nos três dias em que esteve aberta à comunidade educativa.
A exposição
“VASCO
DA GAMA E O CAMINHO MARÍTIMO PARA A INDIA” cumpriu cabalmente os objectivos propostos o que se comprova pelo número de visitas, pelo grau de envolvimento da comunidade educativa e pelas opiniões positivas manifestadas muitas das quais se encontram registadas no Livro de Honra.
Profª Manuela Pinto
“VASCO
DA GAMA E O CAMINHO MARÍTIMO PARA A INDIA”, tendo contado com a colaboração dos Professores Ana Moura e Nelson Castro assim como com a colaboração de diversos alunos do 10º 8, 10º 9 e 1P3 e alunos do 10º 10 da Historia da Cultura e das Artes. A exposição decorreu no Salão Nobre da Escola Secundária Sá de Miranda. No decurso da exposição foi também apresentada uma pequena mostra de gastronomia da Índia. A exposição foi visitada nos três dias em que esteve aberta à comunidade educativa.
A exposição
“VASCO
DA GAMA E O CAMINHO MARÍTIMO PARA A INDIA” cumpriu cabalmente os objectivos propostos o que se comprova pelo número de visitas, pelo grau de envolvimento da comunidade educativa e pelas opiniões positivas manifestadas muitas das quais se encontram registadas no Livro de Honra.
Profª Manuela Pinto
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Sá de Miranda participa no desfile "Reviver Bracara Augusta/2009"
No âmbito das disciplinas de História A e História e Cultura das Artes leccionadas no ano lectivo de 2008-2009 e em concreto o capítulo “O Modelo Romano/ Cultura do Senado” e dando sequência ao convite manifestado pela Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Braga decidiu-se participar no desfile Braga Romana.
A prossecução da acção contou com a colaboração de alunos das turmas do 10º 8, 10º 9, 10º 10 e 1P3 . A primeira medida desenvolvida foi a realização de um estudo prévio de caracterização da época nomeadamente dos trajes e costumes tendo os alunos utilizado para o efeito recursos bibliográficos e a Internet.
Terminada a investigação prévia, os alunos compraram os tecidos e acessórios e confeccionaram os seus próprios trajes.
No dia do evento os alunos foram acompanhados pela docente responsável pela iniciativa, Profª Manuela Pinto, pelo Prof. Antonino Pires, Prof.ª Fátima Ribeiro e Profª Helena Borralheiro tendo todos participado activamente e com grande entusiasmo no desfile
Este foi um meio inovador para os alunos aprofundarem o seu conhecimento relativo a um período da nossa História e uma forma de se envolverem num acontecimento da comunidade, num evento do que podemos designar de “História Viva”.
Profª Manuela Pinto
sexta-feira, 19 de junho de 2009
A Arquitectura do Ferro e do Vidro
Arquitectura do século XIX: novos materiais e novas tecnologias.
O que aconteceu no séc. XIX para haver um avanço tão significativo em quase todas as áreas, em especial na arquitectura ?
Com a revolução industrial, as fábricas iniciaram uma grande produção de novos materiais , utilizados com uma amplitude nunca antes vista. Com a indústria, apareceram novas máquinas e objectos que eram expostos em grandes exposições universais. Os transportes também deram um contributo para a expansão dos novos materiais. O desenvolvimento da indústria metalúrgica foi também importante para a aplicação prática dos novos conceitos.
Quais foram os novos materiais utilizados na arquitectura?
Os novos materiais utilizados foram o ferro e o vidro que, com os progressos técnicos da época, permitiram que fossem empregues em novas construções como pontes metálicas, pavilhões de fábricas, gares (estações de caminhos de ferro), mercados, coretos, estufas, pavilhões de exposições, elevadores, arranha-céus, ... . O ferro começou a ser utilizado ainda no séc XVIII, mas apenas com fins decorativos. Foi a construção do Palácio de Cristal (por Joseph Paxton) para a 1ª Exposição Mundial, em 1851, que marcou o início de uma nova era na arquitectura, surpreendendo a sociedade da época. Mas em 1889, Gustave Eiffel surpreendeu ainda mais com a construção de uma estrutura de 300 metros -Torre Eiffel - para a Exposição Universal de Paris, que marcou o centenário da Revolução Francesa. Esta construção demonstrou a capacidade técnica da engenharia e rapidamente se tornou no símbolo de uma nova arquitectura.
O mesmo engenheiro construiu a primeira ponte ferroviária sobre o rio Douro, em 1887, com o nome de Ponte D.Maria Pia.
As gares, grande ponto de afluência, foram também um local onde as estruturas em ferro foram empregues. Em Portugal, temos o exemplo da Estação de S.Bento, no Porto, datada de 1915 ,do arquitecto Marques da Silva. Os mercados também, como é possivel verificar no Mercado Ferreira Borges, no Porto, datado de 1885.
Contudo...
O ferro não era um material muito agradável esteticamente e os arquitectos ainda estavam culturalmente “presos” a projectar segundo os materiais nobres como a pedra; o que eles fizeram foi tentar embelezar o ferro.
Características
• O ferro “arrastava” com ele uma grande simplicidade estética;
• Funcionalidade estruturalista;
• Vigas em (I) e em (H);
• Permitia alguns elementos decorativos.
Vantagens da construção com ferro
• Rápida construção (técnica de construção em módulos, ou seja, podia montar e desmontar-se e construir-se noutro sítio);
• Facilidade de construção (leveza do material e módulos pré-fabricados);
• Economia dos materiais;
• Resistência mecânica e funcionalidade;
• Possibilidade de construção em altura e com maior luminosidade;
• Criação de espaços amplos.
Desvantagens
• Falta de resistência a altas temperaturas (incêndio de Chicago, em 1871);
• Falta de maleabilidade do ferro;
• Pouca resistência do ferro fundido a esforços de tracção (colapso da Ponte do Dee, Inglaterra).
Exemplos de Construções
• Antigo Palácio de Cristal do Porto (Thomas Dillen Jones ,1865)
• Ponte sobre o Rio Severn (Inglaterra, Georg von Reichenback)
• Galeria das Máquinas (Duter, Exposição Universal de Paris, 1889)
• Ponte D.Luís (Teófilo Seyrig, Porto, 1879 )
• Elevador Santa Justa ( Louis Reynald, Lisboa, 1902)
• Gare da Estação de Lyon(França)
• Palácio da Bolsa (cobertura em ferro do Pátio das Nações de Thomas Soller, 1891)
• Casa das Palmeiras (Decimus Burton e Richard Turner, 1848)
Fim
Trabalho realizado por João Nuno, Nuno e Rolando, da turma 12º 8, na disciplina de História da Cultura e das Artes.
O que aconteceu no séc. XIX para haver um avanço tão significativo em quase todas as áreas, em especial na arquitectura ?
Com a revolução industrial, as fábricas iniciaram uma grande produção de novos materiais , utilizados com uma amplitude nunca antes vista. Com a indústria, apareceram novas máquinas e objectos que eram expostos em grandes exposições universais. Os transportes também deram um contributo para a expansão dos novos materiais. O desenvolvimento da indústria metalúrgica foi também importante para a aplicação prática dos novos conceitos.
Quais foram os novos materiais utilizados na arquitectura?
Os novos materiais utilizados foram o ferro e o vidro que, com os progressos técnicos da época, permitiram que fossem empregues em novas construções como pontes metálicas, pavilhões de fábricas, gares (estações de caminhos de ferro), mercados, coretos, estufas, pavilhões de exposições, elevadores, arranha-céus, ... . O ferro começou a ser utilizado ainda no séc XVIII, mas apenas com fins decorativos. Foi a construção do Palácio de Cristal (por Joseph Paxton) para a 1ª Exposição Mundial, em 1851, que marcou o início de uma nova era na arquitectura, surpreendendo a sociedade da época. Mas em 1889, Gustave Eiffel surpreendeu ainda mais com a construção de uma estrutura de 300 metros -Torre Eiffel - para a Exposição Universal de Paris, que marcou o centenário da Revolução Francesa. Esta construção demonstrou a capacidade técnica da engenharia e rapidamente se tornou no símbolo de uma nova arquitectura.
O mesmo engenheiro construiu a primeira ponte ferroviária sobre o rio Douro, em 1887, com o nome de Ponte D.Maria Pia.
As gares, grande ponto de afluência, foram também um local onde as estruturas em ferro foram empregues. Em Portugal, temos o exemplo da Estação de S.Bento, no Porto, datada de 1915 ,do arquitecto Marques da Silva. Os mercados também, como é possivel verificar no Mercado Ferreira Borges, no Porto, datado de 1885.
Contudo...
O ferro não era um material muito agradável esteticamente e os arquitectos ainda estavam culturalmente “presos” a projectar segundo os materiais nobres como a pedra; o que eles fizeram foi tentar embelezar o ferro.
Características
• O ferro “arrastava” com ele uma grande simplicidade estética;
• Funcionalidade estruturalista;
• Vigas em (I) e em (H);
• Permitia alguns elementos decorativos.
Vantagens da construção com ferro
• Rápida construção (técnica de construção em módulos, ou seja, podia montar e desmontar-se e construir-se noutro sítio);
• Facilidade de construção (leveza do material e módulos pré-fabricados);
• Economia dos materiais;
• Resistência mecânica e funcionalidade;
• Possibilidade de construção em altura e com maior luminosidade;
• Criação de espaços amplos.
Desvantagens
• Falta de resistência a altas temperaturas (incêndio de Chicago, em 1871);
• Falta de maleabilidade do ferro;
• Pouca resistência do ferro fundido a esforços de tracção (colapso da Ponte do Dee, Inglaterra).
Exemplos de Construções
• Antigo Palácio de Cristal do Porto (Thomas Dillen Jones ,1865)
• Ponte sobre o Rio Severn (Inglaterra, Georg von Reichenback)
• Galeria das Máquinas (Duter, Exposição Universal de Paris, 1889)
• Ponte D.Luís (Teófilo Seyrig, Porto, 1879 )
• Elevador Santa Justa ( Louis Reynald, Lisboa, 1902)
• Gare da Estação de Lyon(França)
• Palácio da Bolsa (cobertura em ferro do Pátio das Nações de Thomas Soller, 1891)
• Casa das Palmeiras (Decimus Burton e Richard Turner, 1848)
Fim
Trabalho realizado por João Nuno, Nuno e Rolando, da turma 12º 8, na disciplina de História da Cultura e das Artes.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
História sobre Gualtar:
Os primeiros documentos referentes a Freguesia de Gualtar datam dos séculos IX e X, sendo na altura comuns as designações de S. Miguel de Gualtar. A igreja matriz de Gualtar é um templo românico. Conserva a fachada norte e o corpo principal, com um notável portal de arquivolta única, com quatro faixas de ornatos geométricos (besantes, bilhetes e goivadas). Decora o tímpano uma cruz equilátera rodeada de fitas sinuosas.
A freguesia de Gualtar compreende os lugares de Arcela, Bairro Henriqueta, Barreiro, Barros, Bela Vista, Bouça, Crespa, Estrada Nova, Estrada Velha, Igreja, Lage, Monte de Baixo, Mourisca e Vergadela.
O artesanato em Gualtar é caracterizado especialmente por rendas e bordados, restauração de móveis antigos. Na parte do ensino, Gualtar encontra-se bem equipada, possuindo vários jardins-de-infância e ensino pré-primário, bem como escola do 1º ciclo, do ensino básico e escola do 2º e 3º ciclos. Gualtar conta também com ensino privado, que é o CLIB (Colégio Luso-internacional de Braga). O ensino superior está também representado em Gualtar, onde se encontra sediada a Universidade do Minho.
Actividades económicas: indústria, comércio e serviços.
Festas e romarias: S. Brás (2 e 3 de Fevereiro).
Artesanato: rendas e bordados, restauração de móveis antigos.
Colectividades: Associação Desportiva e Cultural de Gualtar, Associação Juvenil de Gualtar, Grupo Teatral Amador de Gualtar, ORION – Sociedade Científica de Astronomia do Minho, Agrupamento 219 de São Miguel de Gualtar, Grupo de Concertinas de Gualtar, Sporting Clube do Bairro Novo, Barros Futebol Clube, Grupo Coral
Cristiano Alexandre Ferreira Nunes nº6 2P3
Os primeiros documentos referentes a Freguesia de Gualtar datam dos séculos IX e X, sendo na altura comuns as designações de S. Miguel de Gualtar. A igreja matriz de Gualtar é um templo românico. Conserva a fachada norte e o corpo principal, com um notável portal de arquivolta única, com quatro faixas de ornatos geométricos (besantes, bilhetes e goivadas). Decora o tímpano uma cruz equilátera rodeada de fitas sinuosas.
A freguesia de Gualtar compreende os lugares de Arcela, Bairro Henriqueta, Barreiro, Barros, Bela Vista, Bouça, Crespa, Estrada Nova, Estrada Velha, Igreja, Lage, Monte de Baixo, Mourisca e Vergadela.
O artesanato em Gualtar é caracterizado especialmente por rendas e bordados, restauração de móveis antigos. Na parte do ensino, Gualtar encontra-se bem equipada, possuindo vários jardins-de-infância e ensino pré-primário, bem como escola do 1º ciclo, do ensino básico e escola do 2º e 3º ciclos. Gualtar conta também com ensino privado, que é o CLIB (Colégio Luso-internacional de Braga). O ensino superior está também representado em Gualtar, onde se encontra sediada a Universidade do Minho.
Actividades económicas: indústria, comércio e serviços.
Festas e romarias: S. Brás (2 e 3 de Fevereiro).
Artesanato: rendas e bordados, restauração de móveis antigos.
Colectividades: Associação Desportiva e Cultural de Gualtar, Associação Juvenil de Gualtar, Grupo Teatral Amador de Gualtar, ORION – Sociedade Científica de Astronomia do Minho, Agrupamento 219 de São Miguel de Gualtar, Grupo de Concertinas de Gualtar, Sporting Clube do Bairro Novo, Barros Futebol Clube, Grupo Coral
Cristiano Alexandre Ferreira Nunes nº6 2P3
domingo, 8 de fevereiro de 2009
O Barroco foi um período estilístico e filosófico da História da sociedade ocidental, ocorrido desde meados do século XVI até ao século XVIII. Foi inspirado no fervor religioso e na passionalidade da Contra-reforma.
Didacticamente falando, o Período Barroco, vai de 1580 a 1756.O termo "Barroco" advém da palavra portuguesa homónima que significa "pérola imperfeita", ou por extensão jóia falsa. A palavra foi rapidamente introduzida nas línguas francesa e italiana.
Bom Jesus: obra do estilo barroco, rococó e neoclássico com intervenção de André Soares e Carlos Amarante, séculos XVIII e XIX Encomenda do Arcebispo D. Gaspar de Bragança, para substituir uma primitiva igreja, mandada construir por D. Rodrigo de Moura Teles que se encontrava em ruínas. As obras começaram em 1 de Junho de 1784, tendo ficado concluídas em 1811. É um dos primeiros edifícios neoclássicos em Portugal. A fachada é ladeada por duas torres e termina num frontão triangular
Andrea Apolinário N- 2
Cristina Alves N-7
Fábio Magalhães N-10
IGREJA E CONVENTO DO PÓPULO, BRAGA
A Igreja do Pópulo é uma igreja na Praça Conde de Agrolongo, ou simplesmente, Campo da Vinha, em Braga.
O edifício foi construído no século XVI e em finais do século XVIII é reconstruído. A igreja do Pópulo nasceu por iniciativa do arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus e Castro.
A estrutura do edifício tem vários traços barrocos, principalmente o barroco nortenho.
A sua fachada encontrava-se em adiantada fase de ruína, pelo que foi desmontada e reconstruída nos finais do século XVIII. Este novo projecto enquadrava-se na arquitectura neoclássica, ficando a dever-se a sua planta ao trabalho do arquitecto Carlos Amarante. A fachada principal da igreja é o espaço que mais apresenta características neoclássicas. A fachada apresenta um portal simples enquadrado por pares de colunas clássicas, sobrepujado pela varanda e pelo janelão de grandes dimensões.
Cristina Alves
2P3 Nº7
sexta-feira, 27 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Mosteiro de Tibães
Mosteiro de Tibães ou Mosteiro de São Martinho de Tibães, englobando a Igreja de Tibães e o Cruzeiro de Tibães, situa-se em Mire de Tibães, concelho de Braga e foi fundado no século XI.
A partir do século XII foi ocupado pela congregação Beneditina. No século XVI, tornou-se a casa mãe da ordem para Portugal e Brasil. Os edifícios principais actualmente existentes foram construídos nos séculos XVII e XVIII. Um dos arquitectos que neles trabalhou foi André Soares.
Com a extinção das ordens religiosas masculinas ocorrida em 1834, é vendido em hasta pública, com excepção da Igreja, Sacristia e Claustro do Cemitério.
Ficou nas mãos de privados até 1986.
Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944.
Ano Lectivo 2007/2008 - Trabalho realizado por Elsa Fernandes, nº 14, 10º 10
A partir do século XII foi ocupado pela congregação Beneditina. No século XVI, tornou-se a casa mãe da ordem para Portugal e Brasil. Os edifícios principais actualmente existentes foram construídos nos séculos XVII e XVIII. Um dos arquitectos que neles trabalhou foi André Soares.
Com a extinção das ordens religiosas masculinas ocorrida em 1834, é vendido em hasta pública, com excepção da Igreja, Sacristia e Claustro do Cemitério.
Ficou nas mãos de privados até 1986.
Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944.
Ano Lectivo 2007/2008 - Trabalho realizado por Elsa Fernandes, nº 14, 10º 10
Ponte da Misarela
"É uma ponte de arquitectura extravagante, louca, de um só arco, com mais de treze metros de vão, lançada com arrojo sobre dois rochedos, onde as águas do Rabagão se estreitam e despedaçam com fragor e saltam a grande altura, transformando-se em vaporosa chuva. O pavimento, abaulado, mede 27 metros de comprimento. Fica no fundo de um desfiladeiro alcantilado, a um quilómetro da confluência do Rabagão com o Cávado. Tão medonho e agreste é o sítio e tão severo o aspecto da ponte, que a vivíssima imaginação do povo não tardou a tecer-lhe lendas.
Diz-se que um padre, querendo fazer uma pirraça ao Diabo, se disfarçou em salteador perseguido pelas justiças de Montalegre, e foi certo dia, à meia-noite, àquele lugar para passar o rio. Como o não pudesse passar, por meio de esconjuros, invocou o auxílio do Inimigo. Ouve-se um rumor subterrâneo e eis que aparece, afável e chamejante, o anjo rebelde:
- 'Que queres de mim?' - perguntou ele.
- 'Passa-me para o outro lado e dar-te-ei a minha alma.
Satanás, que antegozava já a perdição do sacerdote, estendeu-lhe um pedaço de pergaminho garatujado e uma pena molhada em saliva negra, dizendo:
- 'Assina!'.
O padre assinou. O Demónio fez um gesto cabalístico e uma ponte saiu do seio horrendo das trevas.
O clérigo passa e, enquanto o diabo esfrega um olho, saca da caldeirinha da água benta, que escondera debaixo da capa de burel, e esparge com ela a infernal alvenaria, fazendo o sinal da cruz e pronunciando bem vincadas as palavras do exorcismo.
Lúcifer, logrado, deu um berro bestial e desapareceu num boqueirão aberto na rocha, por onde saíram línguas de fogo, estrondos vulcânicos e fumos pestilenciais.
O vulgo das redondezas, na sua ignorância e ingenuidade, e não sabemos a origem, aproveita-se da ponte para ali exercer um rito singular.
Quando uma mulher, decorridos que sejam dezoito meses após o seu enlace matrimonial, não houver concebido, ou, quando pejada, se prevê um parto difícil ou perigoso, não tem mais que ir à Misarela, à noite, para obter um feliz sucesso. Ali, com o marido e outros familiares, espera que passe o primeiro viandante. Este é então convidado para proceder à cerimónia, a qual consiste no baptismo in ventris do novo ou futuro ser. Para isso, o caminhante colhe, por meio de uma comprida corda com um vaso adaptado a uma das extremidades, um pouco de água do rio e com a mão em concha deita-a no ventre da paciente por um pequeno rasgão aberto no vestuário para este efeito, acompanhando a oração com a seguinte ladainha:
Eu te baptizo
criatura de Deus
Pelo poder de Deus
e da Virgem Maria.
Se for rapaz, será 'Gervás';
se for rapariga, será Senhorinha.
Pelo poder de Deus e da Virgem Maria,
um Padre-Nosso e uma Avé-Maria.
O barulho iracundo da cachoeira no abismo imprime a estas cenas um cunho de tétrica magia.
Segue-se depois uma lauta ceia, assistindo, geralmente, o improvisado padrinho. E o êxito é completo: um neófito virá alegrar a família.
Claro que se na primeira noite não passar o viandante desejado, a viagem à Misarela repetir-se-á até o cerimonial se realizar nas condições devidas.
De um dos lados ergue-se um enorme rochedo que o povo denominou 'Púlpito do Diabo', por crer que o Demo vai ali pregar à meia-noite, quando as bruxas das redondezas se reúnem em magno concílio..."
Ano Lectivo 2007/2008 - Trabalho realizado por Helena Pereira, nº 6, 10º 10
Diz-se que um padre, querendo fazer uma pirraça ao Diabo, se disfarçou em salteador perseguido pelas justiças de Montalegre, e foi certo dia, à meia-noite, àquele lugar para passar o rio. Como o não pudesse passar, por meio de esconjuros, invocou o auxílio do Inimigo. Ouve-se um rumor subterrâneo e eis que aparece, afável e chamejante, o anjo rebelde:
- 'Que queres de mim?' - perguntou ele.
- 'Passa-me para o outro lado e dar-te-ei a minha alma.
Satanás, que antegozava já a perdição do sacerdote, estendeu-lhe um pedaço de pergaminho garatujado e uma pena molhada em saliva negra, dizendo:
- 'Assina!'.
O padre assinou. O Demónio fez um gesto cabalístico e uma ponte saiu do seio horrendo das trevas.
O clérigo passa e, enquanto o diabo esfrega um olho, saca da caldeirinha da água benta, que escondera debaixo da capa de burel, e esparge com ela a infernal alvenaria, fazendo o sinal da cruz e pronunciando bem vincadas as palavras do exorcismo.
Lúcifer, logrado, deu um berro bestial e desapareceu num boqueirão aberto na rocha, por onde saíram línguas de fogo, estrondos vulcânicos e fumos pestilenciais.
O vulgo das redondezas, na sua ignorância e ingenuidade, e não sabemos a origem, aproveita-se da ponte para ali exercer um rito singular.
Quando uma mulher, decorridos que sejam dezoito meses após o seu enlace matrimonial, não houver concebido, ou, quando pejada, se prevê um parto difícil ou perigoso, não tem mais que ir à Misarela, à noite, para obter um feliz sucesso. Ali, com o marido e outros familiares, espera que passe o primeiro viandante. Este é então convidado para proceder à cerimónia, a qual consiste no baptismo in ventris do novo ou futuro ser. Para isso, o caminhante colhe, por meio de uma comprida corda com um vaso adaptado a uma das extremidades, um pouco de água do rio e com a mão em concha deita-a no ventre da paciente por um pequeno rasgão aberto no vestuário para este efeito, acompanhando a oração com a seguinte ladainha:
Eu te baptizo
criatura de Deus
Pelo poder de Deus
e da Virgem Maria.
Se for rapaz, será 'Gervás';
se for rapariga, será Senhorinha.
Pelo poder de Deus e da Virgem Maria,
um Padre-Nosso e uma Avé-Maria.
O barulho iracundo da cachoeira no abismo imprime a estas cenas um cunho de tétrica magia.
Segue-se depois uma lauta ceia, assistindo, geralmente, o improvisado padrinho. E o êxito é completo: um neófito virá alegrar a família.
Claro que se na primeira noite não passar o viandante desejado, a viagem à Misarela repetir-se-á até o cerimonial se realizar nas condições devidas.
De um dos lados ergue-se um enorme rochedo que o povo denominou 'Púlpito do Diabo', por crer que o Demo vai ali pregar à meia-noite, quando as bruxas das redondezas se reúnem em magno concílio..."
Ano Lectivo 2007/2008 - Trabalho realizado por Helena Pereira, nº 6, 10º 10
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